O Projeto Adolescer no Cinema, da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, promoveu o Cine Murundu, na noite desta quinta-feira (30), na Escola Municipal Isabel Maria Polônio Tavares, com a presença de professores, alunos, responsáveis, funcionários e direção. O evento apresentou a exibição do curta “ERA UMA VEZ UM LUGAR CHAMADO MURUNDU”, produzido pelos próprios alunos, com orientações da assistente social e cineasta, Carolina de Cássia, e apoio da Gerência de Mídias Digitais da Seduct.
“Eles são tão bons como diretores, fotografia, criadores de histórias que estão preparando um novo filme, desta vez de ficção. Senhoras com quase 90 anos chegaram caminhando, com suas sombrinhas; pais com crianças de colo, também. Alma e corpo lavados. Agradecemos a todas e todos que, diretamente ou indiretamente, contribuíram para a realização do filme e sua estreia. Lindo sentir a participação da comunidade e a alegria com que honraram sua história”, disse a cineasta.
A diretora da Escola, Valéria Peixoto, parabenizou e agradeceu aos envolvidos. “ A equipe da Escola Municipal Isabel Maria Polônio Tavares manifesta sua sincera gratidão a todos que contribuíram para a realização do Cine Murundu. Agradecemos de coração à comunidade vizinha e aos moradores que, mesmo com a chuva, estiveram presentes para prestigiar nossos alunos e celebrar conosco esse momento tão especial. Nosso agradecimento especial também a todos que participaram das gravações, das entrevistas e compartilharam suas histórias e memórias. Cada contribuição foi essencial para dar vida a este filme e fortalecer ainda mais nossas raízes e nossa identidade como comunidade”, afirmou.

Para a professora Leila Vargas, o filme selou o quanto de aprendizado as crianças tiveram em sua própria comunidade! “Quanta história linda existe na comunidade e ela não pode ser esquecida! Quanta sabedoria essas pessoas transmitem. Ontem vimos a concretização de um lindo trabalho de (re) descobertas e muita cultura!”, destacou Leila.
A obra – Em uma pequena comunidade chamada Murundu, um grupo de crianças é desafiado pela professora a mergulhar em uma pesquisa sobre o próprio território. A proposta de ouvir histórias de vida e trabalho dos moradores transforma-se em uma jornada de brincadeiras, descobertas e encantamento. Munidos de curiosidade e uma câmera, os alunos registram memórias de um passado vibrante: o antigo cinema, os bailes e alvoradas que reuniam gerações, e profissões extintas ligadas à rede ferroviária.
O filme que nasce dessa investigação se torna um retrato coletivo, um diálogo entre o ontem e o hoje, revelando, especialmente a ancestralidade indígena e a importância de proteger as histórias que formam uma comunidade.

Por Kamilla Uhl – Fotos Carolina de Cássia