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EDUCAÇÃO ILUMINA VIDAS

Programa de Economia Criativa da Seduct incentiva oficina de criação artística

Na Escola Municipal Custódio Generoso, na terça (7), o artista e empreendedor Bito Jazin conduziu a oficina “Palavra que Morde – Escrita Poética Materializada”, ação integrada ao Programa Municipal de Apoio à Economia Criativa da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct). A atividade reuniu estudantes para transformar versos coletivos em objetos e superfícies, com o objetivo de aproximar a poesia do cotidiano e abrir caminhos para a Economia Criativa a partir da expressão cultural dos jovens.

A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla de incentivo à produção cultural local promovida pelo Programa Municipal de Apoio à Economia Criativa. A proposta busca criar pontes entre formação artística e possibilidades de geração de renda, ao mesmo tempo em que valoriza narrativas de identidade e memória.

Durante a atividade, Bito Jazin apresentou exemplos de seu trabalho e falou sobre poesia e identidade, estimulando os alunos a entender a palavra como prática e território de pertencimento. Em um momento coletivo, os participantes construíram um poema que reuniu vivências e observações sobre a população preta. Essa etapa serviu como ponto de partida para a fase de materialização das ideias.

Na sequência, cada estudante escolheu um verso e escreveu manualmente sobre retalhos de algodão cru, usando caneta para tecido. Ao longo da tarde foram produzidas peças que traduziram imagens, ritmos e lembranças em letras e traços. Ao final houve uma exposição das criações dentro da própria escola e cada jovem levou sua peça para casa como símbolo do poder da palavra.

Segundo a gerente de Programas, Projetos  e Parcerias da Subsecretaria de Ciência e Tecnologia, Adriana Crespo, a oficina faz parte das contrapartidas sociais dos empreendedores contemplados pelo Edital do Programa Municipal de Apoio à Economia Criativa. Ao todo, 20 projetos selecionados desenvolverão ações semelhantes em escolas da rede municipal, com foco especial na Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Nessas atividades, os empreendedores compartilham saberes e desenvolvem protótipos de seus projetos junto aos estudantes, fortalecendo o vínculo entre formação, cultura e empreendedorismo criativo”, explica Adriana. 

Ela aponta ainda que a oficina “Palavra que Morde” exemplifica o propósito central do Programa: estimular a criatividade como instrumento de inclusão, inovação e desenvolvimento local, aproximando a produção artística e cultural da comunidade e transformando ideias em oportunidades sustentáveis.

O impacto social da oficina foi destacado pela equipe organizadora como um esforço para aproximar literatura e rotina comunitária e para preservar saberes populares. A proposta tende a fortalecer repertórios culturais e a oferecer alternativas de empreendedorismo criativo a partir da materialização de poéticas produzidas por estudantes. A iniciativa também foi apresentada como ferramenta de educação antirracista e de reconhecimento de múltiplas vozes.

Os organizadores informaram a intenção de replicar oficinas com formatos semelhantes em outras unidades escolares. A oficina deixou como saldo a confirmação de que transformar versos em objetos é um gesto pedagógico capaz de promover pertencimento e gerar possibilidades concretas de atuação cultural.

Por Jorge Rocha / Fotos: Divulgação

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