Os novos bolsistas do ciclo de 2025 do Programa Mais Ciência estão desenvolvendo pesquisas para gerar soluções concretas para as demandas da cidade de Campos. São estudantes e professores universitários, que, com financiamento da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, estão criando ideias e projetos com intuito de deixar um futuro melhor para as novas gerações.
Nesta quinta-feira (10), eles participaram do 17º Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (CONFICT), que teve início segunda-feira (7) e prossegue até sexta (11) na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), e falaram sobre os benefícios do Programa que, nesta edição, está contemplando 62 projetos.
Desse total, quatro estão pesquisando a temática do trânsito e do transporte público de Campos, envolvendo, diretamente, o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT). Um deles é o do Marlon Gomes Lima, da Universidade Federal Fluminense (UFF), com orientação do professor Cristiano Souza Martins: “Características do transporte intermunicipal: principais origens e destinos”.
O segundo é o “Infraestrutura urbana para mobilidade ativa: estudo qualitativo em Campos dos Goytacazes/RJ”, da universitária Maria Eduarda Coutinho Viega, do Instituto Federal Fluminense (IFF), sob orientação de Danielly Cozer Aliprandi.
O terceiro é “Mobilidade em rede: Cartografia da infraestrutura de mobilidade cicloviária de Campos dos Goytacazes – RJ, de Eduarda Vitorino Silvino, do IFF, sob orientação do professor Fagner das Neves de Oliveira.
E “A relação entre Gastos Públicos em Saúde e Acidentes de Trânsito no Município de Campos dos Goytacazes” está sendo pesquisada pela estudante Stheffany Maria Santos Ribeiro, da UFF, com apoio do orientador Samuel Alex Coelho Campos.
O vice-presidente do IMTT, Davi de Alcântara, elogiou o programa e agradeceu a iniciativa. “Quero agradecer por essa parceria com a academia, por meio do Programa Mais Ciência, que é extremamente importante para o IMTT e para o município de Campos. A cidade é um organismo vivo e cresceu muito nos últimos anos. Temos pesquisas relacionadas, por exemplo, à questão da percepção do usuário em relação ao transporte público. Além disso, há outro estudo sendo financiado pela Secretaria de Educação sobre acidentologia, informando como está o funcionamento do trânsito em Campos, como tem sido feitas as intervenções e os resultados obtidos, a diminuição dos gastos na rede de saúde, etc. Enfim, essa parceria é muito importante para que tenhamos um diagnóstico cada vez mais preciso, a fim de melhorar a tomada de decisão no transporte do município”, afirmou.
Laura Manhães, gerente de Projetos de Engenharia do IMTT, destacou que parte do trabalhos falam da infraestrutura urbana e mobilidade. “Esses projetos trazem várias contribuições para ajudar a localizar os problemas e onde estão as maiores demandas do município. Eles são de suma importância para conseguirmos fazer essa identificação e poder aplicar os recursos públicos em cima dessas demandas, de forma a solucionar esses problemas. Essa parceria com o Mais Ciência é vital para conseguirmos entender o que a cidade necessita”, declarou.
Hayra de Araujo Louro Borges Coelho, estudante do Centro Universitário Fluminense (UNIFLU) agradeceu pela oportunidade. Com apoio do orientador, professor Heitor Benjamim Campos, ela está pesquisando sobre a Avaliação do Impacto do Programa Mais Ciência no Desenvolvimento Regional de Campos dos Goytacazes.
“Para mim, academicamente, estar em um programa como o Mais Ciência é de extrema importância. Essa bolsa conecta as universidades locais com as demandas das Secretarias do município, e também abre novas portas para nós, estudantes. Então, estar apresentando hoje, aqui no Confict, tem grande valor para meu futuro profissional”, disse Hayra.
As atividades do Mais Ciência 2025 tiveram início no dia 1º de junho, quando os estudantes e professores passaram a receber bolsas (auxílio financeiro) visando estimular a iniciação científica, tecnológica e a extensão universitária, no valor de R$ 700 durante 14 meses, enquanto os orientadores recebem uma taxa de bancada de R$ 1.500, dividida em duas parcelas.
Por Kamilla Uhl – Fotos: Wellington Rangel