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EDUCAÇÃO ILUMINA VIDAS

Mais Ciência na Escola apoia produção sustentável de plástico a partir de amido de batata e mandioca

Produzir bioplástico a partir do amido de batata e de mandioca é uma alternativa para reduzir o acúmulo de plásticos convencionais na natureza e sua lenta decomposição. Com essa proposta, o projeto Bioplásticos de origem vegetal: explorando alternativas sustentáveis da Escola Municipal Professora Olga Linhares Corrêa busca opções mais sustentáveis para a produção desse tipo de material e, ao mesmo tempo, se destaca como ferramenta educativa para sensibilizar estudantes sobre consumo e descarte.

Coordenado pela professora Marcely Pereira Ribeiro e tendo como bolsistas os alunos Ludmylla Drumont Nogueira, Isaque Pires Ribeiro e Rebeca de Salvo Soares, o projeto integra o programa Mais Ciência na Escola da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct). O trabalho conta com bolsas estudantis, apoio técnico e materiais que possibilitam experimentos em laboratório escolar e ações de divulgação com outras turmas e com a comunidade.

As atividades combinaram pesquisa bibliográfica e prática em laboratório com testes de formulações variadas. Foram testadas três formulações distintas, variando a quantidade de plastificante e de acidificante, para analisar como cada combinação altera a textura e a resistência do filme produzido. Nas etapas práticas, os estudantes extraem o amido de hortaliças, preparam misturas com água, glicerina e vinagre, aquecem até formar um gel e moldam películas que seguem para secagem e observação.

Os testes revelaram diferenças perceptíveis entre as fórmulas e entre as matérias-primas usadas. Fórmulas com menos glicerina produziram filmes mais rígidos e frágeis. Fórmulas com mais glicerina ficaram mais maleáveis, embora por vezes tenham apresentado menor resistência mecânica. De maneira geral, o amido de mandioca tende a gerar películas mais flexíveis e o amido de batata mostrou maior resistência nas amostras analisadas. A equipe já definiu ajustes nas receitas e agora avança para avaliar a biodegradação das amostras e para apresentar os resultados às turmas do ensino fundamental.

A professora Marcely destaca o valor pedagógico e social da iniciativa e o papel dos bolsistas no processo. Com o projeto, os estudantes são estimulados a ver a ciência como uma ferramenta de transformação, e o trabalho manual e experimental ajuda a construir consciência sobre consumo e descarte. O projeto tem duração prevista de oito meses; quatro meses já foram concluídos e a equipe espera finalizar as próximas etapas até dezembro.

Carla Salles, coordenadora do Mais Ciência na Escola, vê no projeto um exemplo do efeito positivo das políticas públicas na formação científica escolar. Ela diz que “o programa apoia financeiramente e tecnicamente iniciativas que aproximam ciência do cotidiano escolar” e ressalta que as bolsas, a capacitação de professores e o suporte logístico foram decisivos para que as etapas experimentais e as ações de extensão acontecessem com qualidade.

O programa Mais Ciência na Escola da Seduct apoia projetos de iniciação científica nas escolas da rede municipal por meio da concessão de bolsas para estudantes pesquisadores, do fornecimento de materiais e do apoio logístico, da capacitação de professores e da divulgação dos resultados junto à comunidade escolar. A iniciativa busca promover investigação que dialogue com temas locais e com o currículo, fortalecer a cultura científica na escola e transformar atividades práticas em oportunidades de aprendizagem e de engajamento comunitário.

Por Jorge Rocha / Fotos: Divulgação

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