Quatro escolas da rede municipal de Campos dos Goytacazes receberam na semana passada armários móveis repletos de livros e brinquedos entregues pelo projeto Ler e Brincar em Todo Lugar 2, ação do Ministério da Cultura. As unidades beneficiadas foram Instituto Profissional São José, Isabel Maria Polônio Tavares, Conceição do Imbé e Ferroviário Jacy da Silva Barbeto, e as entregas foram celebradas com sessões de contação de histórias e atividades lúdicas nas próprias escolas.
O material doado para cada escola contém 80 títulos de literatura infantil, entre os quais 10 exemplares em braile, 40 brinquedos e jogos educativos, tapetes de EVA e mobiliário adaptado para facilitar o uso coletivo. Segundo a gerente de Ensino Fundamental da Seduct, Jossana Bartolazzi, as bibliotecas móveis foram pensadas para acompanhar oficinas de 90 minutos, estruturadas em dois momentos, um dedicado ao incentivo à leitura e outro às atividades lúdicas que estimulam criatividade e expressão corporal.
Jossana Bartolazzi ressaltou o potencial transformador das oficinas e do acervo. “O projeto oferece recursos que permitem aos professores diversificar as estratégias de ensino e criar espaços de leitura mais atraentes. As atividades práticas favorecem o engajamento das crianças e a construção de repertório”, explicou a gerente.
As escolas planejam incorporar o acervo ao planejamento pedagógico por meio de oficinas de escrita criativa, circuitos lúdicos e projetos interdisciplinares que reforçam habilidades motoras e socioemocionais. A expectativa é que a biblioteca móvel promova práticas continuadas e transforme o ato de ler e o prazer pelo brincar em rotina escolar.
A diretora do Instituto Profissional São José, Fabíola Pires de Andrade, destacou a importância do Ler e Brincar em Todo Lugar 2 para a formação dos alunos . “Projetos como este ampliam o conhecimento, estimulam o pensamento crítico e fortalecem a aprendizagem. Além disso, tornam a escola um espaço mais acolhedor, onde a leitura aproxima professores, estudantes e famílias, contribuindo para a construção de cidadãos mais conscientes e participativos”, afirmou Fabíola, acrescentando que a escola pretende articular leitura, teatro e brincadeiras em projetos contínuos.
A diretora da EM Conceição do Imbé, Edileia Gomes da Rocha, comentou sobre o impacto na comunidade escolar. “É sempre importante estimular a criatividade, a socialização e o prazer pela leitura, e iniciativas assim fazem isso, além de apoiar o trabalho pedagógico dos professores. É uma forma de enriquecer o ambiente escolar, tornando a aprendizagem mais significativa e prazerosa”, disse Edileia. Ela aponta ainda que o material será utilizado nas aulas, nos momentos de recreação e em projetos especiais voltados à leitura e ao brincar, buscando que esses recursos sejam acessíveis à todas as turmas.
Os aspectos pedagógicos dessa doação foram destacados por Geisiele Carvalho de Matos, diretora da E.M. Ferroviário Jacy da Silva Barbeto. “Esse projeto vem somar ao nosso trabalho porque incentiva a leitura e o brincar de forma integrada. O material recebido amplia as possibilidades de aprendizagem, favorecendo a interdisciplinaridade e permitindo que os professores criem atividades que envolvam diferentes áreas do conhecimento”, declarou Geisilene, frisando o caráter interdisciplinar da iniciativa.
Valéria Gomes da Rocha, diretora da EM Isabel Maria Polônio Tavares, considera que os livros e os brinquedos recebidos são um reforço para o desenvolvimento da leitura dos alunos. “Este material veio para somar forças para o ensino das nossas crianças. Temos um espaço para os nossos alunos aprenderem ludicamente e os professores irão utilizar esses materiais como apoio ao desenvolvimento da leitura e a criatividade das nossas crianças”, afirmou Valéria.
O projeto Ler e Brincar em Todo Lugar 2 é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura PRONAC e articula a entrega permanente do material com a oferta de oficinas nas próprias unidades, buscando garantir continuidade de uso e impacto nas práticas educativas locais. A comunidade escolar espera que a iniciativa amplie o repertório cultural dos alunos e contribua para uma escola mais inclusiva e criativa.
Por Jorge Rocha / Fotos: Divulgação