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EDUCAÇÃO ILUMINA VIDAS

Do tato ao olfato, escolas municipais de tempo integral ganham espaços para jardins sensoriais

Mais do que embelezar o ambiente escolar, jardins sensoriais estimulam os cinco sentidos por meio de plantas, texturas, aromas e sons. Ciente dos ganhos em termos pedagógicos, de consciência ambiental e de educação inclusiva, a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) está implantando jardins sensoriais em todas as escolas municipais de tempo integral. A iniciativa transforma pátios em espaços ativos de aprendizagem, com foco em bem estar, acessibilidade e integração entre disciplinas.

O projeto já está em fase inicial em unidades piloto que servirão de modelo para a ampliação na rede. Entre as escolas que começaram a receber intervenções estão EM Dr. Luiz Sobral, Ciep Brizolao 416 Wilson Batista, EM Instituto Profissional São José e Ciep Brizolao 481 Arnaldo Rosa Viana, com EM Ferroviario Jacy também em processo de implementação. A Seduct prevê estender o programa a todas as demais escolas de tempo integral do município, incluindo Ciep Brizolao 144 Professora Carmem Sylvia Carneiro, EM Albertina Azeredo Venancio, EM Lions I, EM Santa Terezinha, EM Maria Cordeiro Borges Morangaba, EM Joanir Sanguedo Boynard, EM Walter Siqueira e EM Sesmaria.

Os jardins serão planejados para oferecer experiências sensoriais diversas. Haverá canteiros de ervas aromáticas para o olfato e o paladar, caminhos táteis, tanquinhos de areia para manipulação, instalações sonoras e áreas de convivência para descanso e leitura. O projeto prioriza espécies nativas, materiais reciclados e soluções sustentáveis de irrigação, ao mesmo tempo em que prevê acessos e adaptações para atender alunos com diferentes necessidades.

Do ponto de vista pedagógico, a proposta amplia oportunidades de aprendizagem prática e interdisciplinar. Ana Márcia Scot, supervisora da Educação em Tempo Integral, afirmou que “o jardim sensorial não é apenas um espaço de contemplação, mas um recurso didático vivo que possibilita práticas interdisciplinares, promove a inclusão e respeita os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem, reafirmando o compromisso com uma educação que forma integralmente o estudante”. Ele acrescenta que a inclusão dessas atividades na rotina das escolas integra Ciências, Artes, Matemática, Geografia e Língua Portuguesa em vivências concretas.

A preocupação com a formação ambiental é central no desenho do projeto. Isis Vivório, supervisora de Educação Ambiental, pontua que “o objetivo é que as escolas se tornem lugares mais vivos, que estimulem a aprendizagem significativa e despertem nas crianças o cuidado com o meio ambiente e com a cidade onde vivem”. A proposta estimula o reconhecimento de ciclos naturais, o uso consciente de recursos e práticas de reciclagem que podem ser incorporadas em projetos escolares.

No campo da inclusão os benefícios são práticos e imediatos. “As instalações de jardins sensoriais nas escolas representam um avanço significativo no âmbito da inclusão educacional, pois estimulam os diferentes sentidos e ampliam as possibilidades de vivência para alunos com deficiência ou transtornos do desenvolvimento, promovendo bem estar, autonomia e a valorização da diversidade”, explica Rossana Vieira, gerente de Educação Especial. A adaptação de percursos, texturas e atividades permite atender perfis variados de alunos, conforme ela frisa. 

Além das equipes internas, a Seduct busca parcerias com universidades, organizações não governamentais, empresas e a comunidade escolar para apoio técnico e manutenção. A supervisão de Educação Ambiental e a supervisão de Educação Integral atuam em conjunto no planejamento, execução e avaliação das intervenções. O uso contínuo dos espaços deverá envolver professores em formação, alunos em projetos de cuidado e famílias em ações de manutenção coletiva.

A avaliação inicial das escolas piloto aponta ganhos no foco e na redução de ansiedade, na ampliação de práticas experimentais e no fortalecimento do convívio. A Seduct destaca que os jardins sensoriais podem se tornar peças chave na rotina das unidades de tempo integral, aproveitando o maior tempo de permanência escolar para inserir atividades que unem cuidado, conhecimento e convivência.

Por Jorge Rocha / Fotos: Divulgação

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